Parodiando Fernando Pessoa:Todos os versos de amor são ridículos.Não fossem ridículos não escreveríamos poemas de amor.
CONCRET POEM TWO?
O amor
a
dor
n
a cor
a
dor
a flor.
A tarde
encarde.
Ar
de
fora/dentro
no olhar
ar
de
ndo de amor.
sexta-feira, maio 30, 2008
Renascimentos
Morremos lentamente,
sobre os corpos
mortos por nós mesmos.
Apagamos tantas ilusões!
Somos expostos
nos mercados das vida.
Túmulos de pedras
esperam-nos
adornados
com flores de plástico.
Ilusões
Nascem,
renascem.
Plantamos novas flores
ao nascer as manhãs.
Renascidos,
Ouviremos o amor
que estava mudo.
sobre os corpos
mortos por nós mesmos.
Apagamos tantas ilusões!
Somos expostos
nos mercados das vida.
Túmulos de pedras
esperam-nos
adornados
com flores de plástico.
Ilusões
Nascem,
renascem.
Plantamos novas flores
ao nascer as manhãs.
Renascidos,
Ouviremos o amor
que estava mudo.
quinta-feira, maio 29, 2008
Olhos abertos.

Ao acordar,enfrento desafios. Abro meus olhos.Faço uma mentalização. Vejo luzes multicores,rezo mantras, abro janelas para receber o sol.Saboreio as frutas e o café da manhã, lentamente. Vejo pelas manchetes dos jornais:
Ministro da Defesa exige Renúncia de Olmert.Mulher Bomba Desafia Europeus.
Ai, quero gritar, para fugir do tédio.Peço socorro a mamãe, torço pela vitória do Obama,choro a vida sem pátria,das crianças e mulheres palestinas. Volto a pensar nas fronteiras de Israel, sob o olhar protetor do Bush.
O céu vai se tornando mais azul, o sol ilumina a relva e espalha toda a luz além das minhas janelas.Eu digo para mim mesmo:Só a poesia numa hora dessas, para acalmar meus nervos:
Viver a vida é amar as flores após longas caminhadas sobre as pedras.
As folhas
Caminhando,
observamos as folhas secas,
espalhadas nas ruas
de uma pequenina cidade.
Nos quintais,as folhas secas
guardam tantas histórias!
Alí,o vento chega a brincar,
escondendo-as entre as pedras,
compondo o humus dos jardins.
São transformadas em símbolos
de sonhos realizados,desfeitos,
desfolhados...
Celebram a volta
dos pingos da chuva,
lavam as pedras,
abençoam poemas,
uninem-se aos rios e mares.
observamos as folhas secas,
espalhadas nas ruas
de uma pequenina cidade.
Nos quintais,as folhas secas
guardam tantas histórias!
Alí,o vento chega a brincar,
escondendo-as entre as pedras,
compondo o humus dos jardins.
São transformadas em símbolos
de sonhos realizados,desfeitos,
desfolhados...
Celebram a volta
dos pingos da chuva,
lavam as pedras,
abençoam poemas,
uninem-se aos rios e mares.
Pensares
Nossa vida é uma referência para o mundo. Somos a própria luz e crescemos ao celebrar a nossa existência.
segunda-feira, maio 26, 2008
"Rastejar é humano".Disse o poeta gaúcho,conhecido pelo pseudônimo Condessa Lilith. Faz séculos que experimentamos as agruras das lutas pela liberdade de ser e dizer. Imbecil é aquele que se acha livre para gritar os nomes do amor e da liberdade. Ironicamente ou freudianamente, digo:Somos livres quando sonhamos. Somos nada quando dormimos.
Passamos a vida inteira para construir nossa indentidade e diante dos confrontos entre as diferenças, percebemos que a sociedade permanece ainda reticente às mudanças, alinhando comportamentos e classificando-nos como homens e mulheres.
Na verdade, são conceitos criados e desenvolvidos ao longo dos milênios, pelas instituições religiosas,sociais e filosóficas.Segundo estudiosos, o homem e a mulher biologicamente, possuem diferenças sutis. A partir de Freud, a mulher passou a ser vista na sociedade como um ser humano, com todo o direito à participação na família e nas decisões polícas.E ainda, Freud disse, que há diversidade na erotização do corpo e nas variantes no desejo.
Passamos a vida inteira para construir nossa indentidade e diante dos confrontos entre as diferenças, percebemos que a sociedade permanece ainda reticente às mudanças, alinhando comportamentos e classificando-nos como homens e mulheres.
Na verdade, são conceitos criados e desenvolvidos ao longo dos milênios, pelas instituições religiosas,sociais e filosóficas.Segundo estudiosos, o homem e a mulher biologicamente, possuem diferenças sutis. A partir de Freud, a mulher passou a ser vista na sociedade como um ser humano, com todo o direito à participação na família e nas decisões polícas.E ainda, Freud disse, que há diversidade na erotização do corpo e nas variantes no desejo.
quinta-feira, maio 22, 2008
Delírio
Quero
ver um céu exótico:
Nuvens,
fios dourados
em neve
entrelaçando almas
numa noite cheia.
Quero
a alma total.
Mergulhada,
purificada
coberta de flores
e
alvos lençóis,
num luar vermelho.
ver um céu exótico:
Nuvens,
fios dourados
em neve
entrelaçando almas
numa noite cheia.
Quero
a alma total.
Mergulhada,
purificada
coberta de flores
e
alvos lençóis,
num luar vermelho.
quarta-feira, maio 21, 2008
Concret Poem?
Meu corpo
se parte
se espalha
no espelho
no espirro
no além
no após.
O mínimo esfarelado
nas clar/
idades do espaço
trans
(a)parências
do azul.
Está no meu olho
no canto da boca
no ar frio de maio
no luar
ar repio do nariz.
se parte
se espalha
no espelho
no espirro
no além
no após.
O mínimo esfarelado
nas clar/
idades do espaço
trans
(a)parências
do azul.
Está no meu olho
no canto da boca
no ar frio de maio
no luar
ar repio do nariz.
segunda-feira, maio 19, 2008
La Nave
domingo, maio 18, 2008
O Grande Mar
Há múltiplos caminhos:
O Mar,
o além azul,
horizontes
na escuridão
de si mesmo.
Antes da caminhada
devemos saber
os nomes das frutas.
Nas sombras das árvores,
sonhar e beber a chuva.
Com flores nos cabelos,
cantar.
Com as borboletas
imitar
a leveza das nuvens.
Dormindo,
somos crianças
ouvindo poemas.
São múltiplos os caminhos
que nos levam ao Grande Mar.
I Love Fred Astaire.
Fred Astaire.Com ele podemos dizer:Darçar é soltar da alma e do corpo todas as maldades, para transformarmos tudo em alegria.
sábado, maio 17, 2008
Surpresas da Vida.

Passando férias em Aracaju, deparei-me com uma imagem que nunca saiu da minha memória:um barco se aproximava à margem do Rio Sergipe.Um homem desceu. Nos braços um caixão.Dentro dele, o corpo de uma criança morta.Não sei se era um filho.Mas o caminhar, revelava silêncio interior e uma profunda aceitação das surpresas da vida.
Um Tango Argentino

No final da tarde,ele chegava com os olhos no chão.Ao ver-me, cumprimentava-me com as mãos trêmulas e a voz baixa:
- Boa tarde.- Falava com dificuldade.
Eu via nos seus olhos mil histórias para contar.Mas ficava mergulhado em total silêncio. No dia do seu aniversário,num mês de novembro quente, disse-me que vinha à minha casa,para encostar os sapatos num canto e livra-se da poeira do mundo.Por muitas noites seguidas,presenciei seu pesadelos. Num quarto escondido nos fundos da casa,ele adormecia.Murmurava algumas canções.Ouvi pronunciar repetidas vezes:
- Não tenho amigos,porque sou calado. Não tenho amor, porque não sei dançar um tango argentino.
sexta-feira, maio 16, 2008
Eepera
segunda-feira, maio 12, 2008
Quase
A noite quase
aconteceu dentro de mim.
Foi quase lua cheia
nas sombras do meu quarto.
Quase morte.
Mas havia velas acesas
atrás da portas.
No fundo de mim mesmo,
ouvi o som das ondas
dos mares em fúria.
Onde estavas
para beijar-me
nessa hora?
Quero dizer-te tanto!
Agora as palavras
estão caladas
na garganta seca
e nos lábios frios.
Nosso amor,
marcado de promessas,
naufragou no escuro
das águas.
Morrias no vazio
sem deixar palavras
nos compassos do silêncio.
aconteceu dentro de mim.
Foi quase lua cheia
nas sombras do meu quarto.
Quase morte.
Mas havia velas acesas
atrás da portas.
No fundo de mim mesmo,
ouvi o som das ondas
dos mares em fúria.
Onde estavas
para beijar-me
nessa hora?
Quero dizer-te tanto!
Agora as palavras
estão caladas
na garganta seca
e nos lábios frios.
Nosso amor,
marcado de promessas,
naufragou no escuro
das águas.
Morrias no vazio
sem deixar palavras
nos compassos do silêncio.
No fundo dos teus olhos
O amor estava oculto
lá no fundo dos teus olhos.
Eu via tudo.
No entanto,
negavas
machucando as flores
colhidas nos quintais.
lá no fundo dos teus olhos.
Eu via tudo.
No entanto,
negavas
machucando as flores
colhidas nos quintais.
Atitude
... e foi tão leve a minha atitude, que um anjo de plumas mais leve que o vento, venho em meu auxílio.
domingo, maio 11, 2008
Podes
Podes
furtar os meus sapatos
engraxados no domingo.
Podes
sujar as minhas camisas
estampadas com flores.
Podes
levar todos os objetos,
deixar vazio o armário.
Mas não apagarás
as relembranças
dos meus amores.
Podes levar tudo
E abandonar
na primeira esquina.
Mas a poesia,
brinquedo da alma,
será permanente
na ira dos teus olhos.
furtar os meus sapatos
engraxados no domingo.
Podes
sujar as minhas camisas
estampadas com flores.
Podes
levar todos os objetos,
deixar vazio o armário.
Mas não apagarás
as relembranças
dos meus amores.
Podes levar tudo
E abandonar
na primeira esquina.
Mas a poesia,
brinquedo da alma,
será permanente
na ira dos teus olhos.
sábado, maio 10, 2008
Pensares
quinta-feira, maio 08, 2008
Quem?
Quem numa tarde de inverno
vai preparar a mesa com flores
e guloseimas
compradas no Mercado Muncipal?
Quem vai ensaiar uma música de João Gilberto
para cantar numa hora de angústias?
São tantas interrogações nessas horas de abandono!
vai preparar a mesa com flores
e guloseimas
compradas no Mercado Muncipal?
Quem vai ensaiar uma música de João Gilberto
para cantar numa hora de angústias?
São tantas interrogações nessas horas de abandono!
quarta-feira, maio 07, 2008
terça-feira, maio 06, 2008
O Passo dos Trinta
Passei dos 30.
Mas ainda guardo
a fatura
da fartura
dos 20.
Vivo futuros,
globalizações.
A esperança
continua
nalguma fumaça
saindo
dum buraco
na rua.
No escuro da China,
meus olhos ganham luz,
iluminam meus passos.
Eu não falo Chinês
mandarim ou tibetano.
Algum amor
anda perdido
entre calçadas.
Lê números confusos
nas listas de endereços
das cidades londrinas.
Ah, o amor.
Quando voltará?
Digo
adolescentemente,
sentindo flores,
ouvindo zumbidos de abelhas.
Passei dos 30
e não sei se vou
além desses futuros
programados para acertos.
Mas ainda guardo
a fatura
da fartura
dos 20.
Vivo futuros,
globalizações.
A esperança
continua
nalguma fumaça
saindo
dum buraco
na rua.
No escuro da China,
meus olhos ganham luz,
iluminam meus passos.
Eu não falo Chinês
mandarim ou tibetano.
Algum amor
anda perdido
entre calçadas.
Lê números confusos
nas listas de endereços
das cidades londrinas.
Ah, o amor.
Quando voltará?
Digo
adolescentemente,
sentindo flores,
ouvindo zumbidos de abelhas.
Passei dos 30
e não sei se vou
além desses futuros
programados para acertos.
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