terça-feira, abril 29, 2008

Otimismo Numa Hora Dessas

Digam não às minhas vontades.
Ponham sabores amargos nos meus lábios.
Apaguem a luz dos meus olhos.
Matem as flores do meu caminho.
Mesmo assim, não apagarão da minha alma,
a certeza de habitar alguma estrela.

Queimem os livros sagrados.
Criem leis contra adorações.
Mesmo assim,
um Deus poderoso viverá em mim.

Há Poesia quando

Há poesia
Nos galhos secos das árvores,
nos mares em fúria
e nos lagos de lama.

Há poesia
No silêncio das pedras,
no amadurecer dos frutos,
na chuva fina
molhando a roupa no varal.

Há poesia
No vôo dos vagalumes
uma noite sem estrelas.

Há poesia
Nos caminhos da paz.

Poema Para Viver Mais

Tudo agora se define em minha vida.
Tudo,tudo,tudo.
O mesmo sol das manhãs.
A mesma flor nascendo
nos jardins da minha casa de cristal.

O mesmo amor a ocupar espaços
nos dias de inferno.

Novos poemas chegam,
conto louvores
de esperança e alegria.

Aleluia!Aleluia!
Vejo luz nas palavras,
desenhadas nos céus.

Há imcompreensão demais
para as divindades
que ora habitam em mim.

Eu canto.
Canto e me transformo no mar
a brincar no movimento das ondas.

Ó Deus!
Onde estais para dizer aos homens,
que sou na terra,um habitante feliz?

(25.03.2003 - 1H:20 - Madrugada)

sábado, abril 26, 2008

Fuga Maior

Numa tarde de outono,
A poesia, acalanto para meus sonhos,
fugiu dos meus olhos.
Levou das mãos
e do rosto,
a essência do amor em evolução.

Nas linhas dos encontros
desenhou imagens difusas
nas cores das ilusões.

A poesia fugiu...
secos,meus olhos se fecharam.
Demônios gargalharam
no escuro da minha solidão.

quarta-feira, abril 23, 2008

Dançar um rock, para viver.

Quando nasci,um louco de asas douradas,disse:
- Vai, Raimundo!Vai viver teu sonho.
Quando a vida se embaralha em conceitos e preconceitos, eu danço,ouço Led Zepellin, Beatles e Rollings Stones.Tudo passa e a vida vai como um rio nos olhos dos indianos a banhar-se no Ganges.

segunda-feira, abril 21, 2008

Medo

Medo de abrir as portas da casa
e receber marteladas nos dedos.
Medo do olhar gélido do outro
e do aperto de mãos pesadas.
Medo dos lábios num beijo fraterno?

Ah, tenho medo de punhais
depois de um abraço frio.

sábado, abril 19, 2008

As falsidades do mundo, levam-nos ao mar das nossas verdades.

sexta-feira, abril 18, 2008

Para Isabella Nardoni

Para Isabella Nardoni

Choro, mas não sei se é por tristeza.
Choro, porque não há uma lógica para as lágrimas que ora derramo.
Choro, porque ainda continuaremos a ouvir os passos dos homens, faltosos de justiça e obsecados de paixão para acumular capitais.
Choro, por que seguiremos em caminhos curvos, debaixo de nuvens plúmbleas, ouvindo canções dos lábios dos que aprendem a essência do verdadeiro amar.

quarta-feira, abril 09, 2008

Feminina

Quero amar e derramar
palavras escritas
nas nuvens.

Quero ser água,
chuva caindo
na terra fofa.

Ser a mãe,
a mão feminina
tocando a fonte,
a folha,
a flor.

Manhã chegando
depois do sol
do amor cantando.

terça-feira, abril 08, 2008

O Som do Tempo

Ouvir relógios,
consertar as horas
nos sons do tempo.

Acordar
ouvindo
um tic tac
tocando
no mundo.

Acertar ponteiros,
Somar pontos
ao meio-dia.
A meia-noite
contar estrelas.

Viver o timing da vida
vagarosamente.
Marcar uma hora
para acordar a poesia
no caderno azul
do poeta Raimundo.

Cair no Mundo

Cair no mundo, é decepar as amarras do medo e se descobrir humano. Demasiadamente humano, para enfrentar diferenças e se descobrir melhor. Cair no mundo é preciso.

segunda-feira, abril 07, 2008

Conserto e Concerto no Domingo

Meus domingos, passo com os olhos dentro dos jornais. Injeto quilômetros de informações, para saber os rumos da política brasileira e internacional.Assusto-me com os 200 mil mortos em Darfur, no Sudão.A falta de políticas sérias para a educação, o desmatamento e a crise na saúde e a violência nas grandes cidades.
Para acalmar os nervos, assisti a um programa de música erudita, na TV Senado.Ouvi na íntegra o concerto em Bi menor para violoncelo e orquestra,de Antonin Dvorjak, com a Orquestra Sinfônica de Londres.Enquanto ouvia, refleti sobre a importância da boa música para o nosso equilíbrio emocional.Assim, comprendi que a humanidade ainda tem conserto e podemos sonhar com a paz e o desevolvimento espiritual de todos os povos.

sábado, abril 05, 2008

Brincante

Atchim!!!
Meu Deus,
Estrelas caem
do céu da minha boca.

quinta-feira, abril 03, 2008

De Novo a Cantar

Hoje ninguém participou da ceia de minha vida. Estive slow down, esqueci do sal no arroz, chorei no escuro do quarto. Um anjo gargalhou das minhas dores, fez piadas da minha falta de jeito para falar das minhas saudades.
Choveu nessa tarde de abril. Segui calmamente pelas ruas, a sentir cada pingo de chuva no meu rosto e nos meus cabelos.Pela janela do ônibus, vi a cidade cinza,senti o cansaço das mulheres voltando do trabalho e o suor dos rapazes saindo das academias.Em casa, dentro do quarto, li um poema.Aqui estou de novo a cantar.

Sobre o Amor e a Saudades.

Os poetas tecem loas e canções à saudade.Eu nada sinto.E só sei ver horizontes e neles, amores chega, cantam, abraça,salvam.
Por que esse sentimento tão lindo não chega em minha alma?
Há momentos de abandono e melancolia, eu sei.Mas ainda espero o amor bater a minha porta.E se não vier, não chorarei nenhuma lágrima.Sou mais que uma paixão e o amor está nas pequeninas coisas.
Nos rumores do mar,na dança das folhas e na força das ondas batendo nas pedras.

Stand By

Ainda não escrevi
um poema ritmado
no som do esquecimento,
Só tenho no fundo dos olhos,
poemas de saudade.

As emoções se encontram
em momentos de espera.

Poeta sou.
Continuarei a ser
toda a vida e além.

Num dia claro,
manhã de abril,
haverá esperança
no olhar dos homens.
Nos seios das mulheres
flores de luz
e nas canções,
notas de alegria.

Um dia o amor acordará
um exército dentro de nós.
Em marcha, de mãos dadas,
Cantaremos dezenas de hinos
para eternizar as manhãs.

terça-feira, abril 01, 2008

Calçadas Burguesas

Eu gosto de ouvir
as palavras das loucas.
Saem por aí.
No meio da madrugada,
rasgam os vestidos,
jogam retalhos
na face do tempo.

Abandonadas,
melancólicas,
se agasalham
nos braços
dos bêbados.

Eu gosto da marginália
a dançar
no cuspe,
no brilho
nos olhos
das calçadas burguesas.

Em Movimento

Não parar o corpo.
Girar a alma
em torno de si mesma.

Girar a roda do tempo,
chegar noutros céus.

Estacionados
a sombra dos sonhos chegam
onde giram os erros da nossa história.

Lembrar que amanhã
o sol é o mesmo
a iluminar
as flores,
os mares,
os passos,
caminhos,
horizontes.

Somos sóis.
Iluminamos palavras,
movimentamos vidas,
multiplicamos luz.