sábado, setembro 18, 2010

Nau Azul

A nau azul navega
no azul dos olhos.

Contemplo o horizonte,
ouço a despedida do sol.
Saudosas, velhas senhoras,
vestem as cores lusitanas.

A melancolia dos fados,
espalha-se no ar das caravelas.
Meus braços deslizam no mar,
embriago-me, cortando as nuvens.

quinta-feira, setembro 09, 2010

O Adeus

afoguei-me em prantos.
Dúvidas e esquecimentos
espalhei no ar impuro.

Caminhando em círculos,
faço fogueiras com vestidos
esquecidos no varal.

Lágrimas apagam desejos,
cegam meus olhos.

O doido amor se foi.

Cheio de si, nada sabe de mim:
minh'alma, longe acorda na escuridão,
e se perde na ausência dos céus.