sábado, dezembro 27, 2008



Na hora do furto

Os olhos saltam
nas ruas na porta.
Na casa escura
da moça torta.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Uma Lágrima

Uma lágrima

Vem uma lágrima
lá do fundo.
No lado mais fundo
de mim mesmo.

Não sei a causa,
nem o final
do início de tudo.

Amores choram
seus ciúmes.
vem chegando
ferindo fundo
no vazio do meu peito.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Caminhos

Seguir caminhos.
Colher flores,
sentir úmido,
o chão.

Ver cores no céu
e a chuva caindo
compondo poemas
com fios de luz.

Passam as horas,
Passam dezembros.

A vida se transporta
nos vagões do silêncio
em ritmo de carnaval.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Meus olhos

Superlativa


os olhos
passeiam
 luares.

Nos ares
descrevem
poderes.

Espelho
refletem
poemas

risco teu nome
com lápis e giz.

Soy Star

Creio nos disfarces.
Cris/tais
são as máscaras.

Todas as luzes
iluminam meu palco.

sábado, dezembro 20, 2008

Lançamento do livro "A Barata Belinha"

Pensamentos

Pensamentos são asas.
Fiam-se
em cores,
bordam
tecidos
na eternidade.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Um caso de amor com a vida

O caso de amor com a vida, acontece quando aceitamos os limites impostos pela natureza. Através deles, ganhamos forças para ultrapassá-los e chegar à vitória.

domingo, dezembro 14, 2008

Elegância

A pior guerra é aquela vivida dentro de nós mesmos.
Tentamos socialmente ter uma imagem limpa, imaculada. Ser chic, perfumado, saber línguas, tecer comentários sobre moda e arte.Insistimos numa longa caminhada. Sem tropeços sonhamos ser amigos dos reis e dos príncipes.
Somos cheios de refinamentos. Mas não ficamos à vontade ao ler as mensagens dos anjos.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Certas Coisas.

Certas coisas

Reviram o estômago:
A discriminação,
o orgulho,
o excesso
de vaidade.

A saudade do amor
que não voltará a ser.

Certas coisas o vento leva.

Resta-nos lavar o rosto
e seguir à sombra
depois do sol
sugando a chuva.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Encontro

Quando te encontrei
Nuvens ganharam cores,
brilharam estrelas
na palma da minha mão.

Quando te encontrei,
celebrei manhãs,
flores abertas
anunciaram o amor.

domingo, novembro 30, 2008

sábado, novembro 29, 2008

Camaleônicas

Bem vi/
vidas tu/as
horas
Camaleônicas.

Re/nascem as células,
trocamos olhares oblíquos.
Ouvimos palavras
eru/ditas,
machadianas.

Nada em ti
lembra a Capitu.
Ou lembra?

Cama/leônicas eras.
Dúbia,
múltipla,
heteronômica.

Exercícios:
ser
sol,lua,
oceanos.

Ser toda,
total,
uni/versos.

terça-feira, novembro 25, 2008

http://tvtribunaonline.com.br/viewVideo.php?fileID=116

domingo, novembro 23, 2008

Mudanças

Vi ve
mos mu danças
to do dia.

Nascemos
sem pa lavras
só choro
gritos.

Afagos da mãe,
olhares do pai.
Ao redor,
a família
toda olha.

Cortamos:
as unhas,
os pêlos
do nariz
do ânus.

Limpamos
os dias,
as horas
o ano.

Palavras voam...
mudam gramáticas.
Mudos
ouvimos a eternidade
vendo a luz de Deus
renascendo em nós.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Espetáculo da Paz

Uma nova canção
anuncia o brilho
de estrelas
no escuro da alma.

Deus & filhos
bailam na sala.
Anjos tocam violões
e tambores.

Os homens, todos,
abraçam-se.
Cantam, formam
o espetáculo da paz.

domingo, novembro 16, 2008

O Poeta

O poeta é um cálice.

Cheio de ares,

cores,

pedras,

líquidos

e estrelas.

Vazio.

Trans/borda

em nada.

sábado, novembro 15, 2008

Teias

Tecemos lembranças,
teias dos sonhos.


Esquecemos
encontramos
amores
desamores.

O corpo
leva a alma
nas ondas
nas cores
nos mares navegados.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Encontro

A garganta seca.
No estômago, geleiras.

Estalo os dedos,
conto pedras e estrelas.

Quero dizer tanto!

Palavras falta,
verbos se atropelam.
Silenciosamente,
recolho-me.
Repito:
te amo, te amo, te amo...

Doação

Ofereça ao mundo suas palavras, seus sonhos,suas certezas e incertezas. Ouvindo o som dos teus passos em busca da esperança, poderás afirmar: A vida vale a pena.

sexta-feira, novembro 07, 2008

Uma canção

Palavras adormecem
no canto dos lábios.
Um sopro da alma,
compõe uma canção.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Sair de Si.

Sair, mostrar-se.
sobre nuvens,
Soltar as tintas,
os tons, os sons.

Contornar imagens.

Todas as vidas
revelam-se
no céu.

Ser a flor aberta.
Doar-se às manhãs.

Ser total, inteira,
Mergulhar oceanos.
Ser lua e sol.

Ser,
viver,
sair
de si.

Cantar.

A alegria
é luz
no alvorecer da alma.

sábado, novembro 01, 2008

En/Cris/tecido

En/Cris/tecido
de azuis
e pérolas.
Poemas
soltos
cobertos
nos pós
de lua
lençóis de Cris.

sexta-feira, outubro 24, 2008

A poesia se escondeu

A poesia se escondeu entre nuvens.
Desapareceu num relâmpago,
se assustou ouvindo trovões.

Foi-se embora
nas águas das ondas
dos mares e dos rios.

A tarde beijou a noite,
pássaros voltaram às árvores.

Na madrugada,
a poesia renasceu.
Nos olhos dos namorados
havia luz.
Eu vagava nas sombras
à espera da última estrela.

sábado, outubro 18, 2008

As Mãos

Trêmulas,
as mãos,
pediam socorro.

O céu estava em mim,
alí
ou
além?

Ó my god!
I need god bless.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Alguma Coisa

Entre a pele
e o osso,
a mão e a luva,
alguma coisa

prepara o sono
a loucura
e a lucidez.

domingo, outubro 12, 2008

Dançares

Gestos e passos
desenham no ar
espaços,infinitos,
lugares de Deus.

Tua alma
bebe estrelas,
Sons e poemas no palco.

Teus olhos seguem
a lição das nuvens
no vôo dos pássaros.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Oceano

Toda a paz em tudo
havia nesse azul.
Na chuva clara,
no rio azul,
no mar,
no azul,
no oceano de toda alma.

quarta-feira, outubro 08, 2008

O amor

Nalguma esquina,
de algum lugar,
esperava o amor.

Havia flores,
luares,
alegria...

Nos meus sonhos,
Nos meus olhos,
a vida vinha leve.

Naus de nuvens
chegavam à alma.

Eu sorria.

terça-feira, outubro 07, 2008

Luar de Outubro

LUAR DE OUTUBRO

O luar de outubro
escondeu os teus olhos,
bebeu teus versos
colados no azul.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Urros do Pós

Comprar,
pagar,
trocar as etiquetas
costuradas
atrás da calça jeans.

Antes, a Levis e a Lee.
Hoje as marcas se multipicam pelo corpo,
nas telas da TV e do PC.

Amanhã um novo lançamento:
botox na pele do bebê.
Trocaremos os olhos,
a boca e os dentes.
Tudo será trocado.
O nome,o sexo,a cidade,o país.

Seremos velhos monstros
a voltar para ouvir
as velhas histórias da aldeia.

Vou desfilar por aí
com a cara de camaleão,
soltando urros e sussurros
pós-modernos.

domingo, setembro 28, 2008

Asas do Sonho

A vida flui nas asas do nosso sonho.

Azul das Almas

A vida
vai
no
vento
vai

nas cores,
abre asas.

Vai
e chega
no azul
das almas.

sábado, setembro 27, 2008

Indiscrição

Teu olhar penetra os meus.
Vês a intensidade
dos meus desejos
e perdes a rota
nos mares e no azul,
universos onde chego.

Paraíso

Todos nós merecemos um lugar no paraíso.Pena que muitos homens constróem infernos na própria alma.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Menina de Ouro

Ao sol...
ao vento...
É Vênus
reiventada.
Seduz,
ganha olhares,
afagos.
Altiva,
vê alturas.

Nua,
Total/mente
nua,
Toda
inteira
doa-se
à malícia
delícia
dos sexos.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Meu céu

às vezes
meu céu
é vermelho.

Anjos
usam asas
multicores,
soltam o suor
e a alegria
nos dias de carnaval.
Brilham estrelas no céu de minha alma.

Mulheres.

Mulheres:


Ternura,
leveza,
estrelas
e perfumes
em toda a alma.
silenciosas,
acalmam as mãos
em carícias
no rosto dos filhos
presentes de Deus.

Mulheres:
Crianças sorrindo,
flores nas mãos.
Lições do viver
e cantar.

Desordem

A casa em desordem,
lençóis amassados.
Lâmpadas apagadas.
No quintal,
as folhas secas
o vento leva.

Botões de rosa fechados.
Amores ocultos
caminham além
da casa caindo.

Faço consultas aos sábios
nos livros os sagrados...
rezo longos rosários.
Fora de mim,
A desordem apaga as estrelas.
Meus olhos se fecham
em busca da luz.

terça-feira, setembro 23, 2008

Meus olhos

Meus olhos
seguem os pássaros.
Vendo nuvens,
volto a infância
e ouço a própria voz:

"vovó vive no céu.
Brinca de pular corda
com Deus e os anjos".

Meus olhos acolhem a luz.

A vida é curta?

A vida é curta para aqueles que não crêem na existência de múltiplas vidas.
Não sonham além das noites e dos medos.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Partida

- Partes? -

Eu volto dos céus

para habitar florestas

e ser o sonho

no vôo das borboletas.

quinta-feira, setembro 18, 2008

http://tvtribunaonline.com.br/viewVideo.php?fileID=116

terça-feira, setembro 16, 2008

Tarde/Noite

A tarde se foi...
Abre-se a noite.
Ainda não sei
se antigo amor
sonha voltar.

Polu/indo

Palavras
desfiam-se
em nuvens.
No céu
a cor é cinza.
No ar
lamúrias e medo.

Há falta de alegria
quando vem a chuva?

Vamos ouvir
um tango argentino
e rodopiar por aí
a cantar
e a beber a luz
de cada manhã.

domingo, setembro 14, 2008

पेस्सोंदो

Passeio Com Pessoa

Sigo pelas ruas
uma figura magra
e misteriosa.
Seguro suas mãos
e digo:

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso,
tenho em mim
todos os sonhos do mundo".

- Ouço baixinho:

Pelos galos de Portugal,
mais um poeta
a me seguir.
Mais vinho, Senhor,
para beber a vida!

Tenho as mãos geladas.
Em casa, sinto delírios...
Em naus de nuvem
sou comandante
nos mares do mundo.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Reflexão

Os idealistas
se rasgam,
se cortam,
mal rompe
a manhã.

Humor/amor

Há Amor,
na cor
do humor.

A sexta-feira chegou
com cheiros diversos.
No ar,
barulhos de festas
anunciando o sábado.

Trouxe piadas,
gargalhamos.
Sábios sentiram
humores nos dias
passados a limpo.

Vivo a alegria
de cada segundo,
tecendo dias,
semanas...
a vida inteira.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Poesia/manhãs

POESIA/MANHÃS

A poesia ilumina a vida inteira.
Monalisas sorriem.
Não decifro,
nem devoro
os sinais dos olhos
a piscar para mim
demoradamente.

Místicas horas...
Falo com Deus.
Os dias passam lentamente.
Sinto a alegria dos ventos
no movimento das águas.

Hoje a paz veio habitar
infinitamente a minha alma.

Vozes

VOZES

Ouvi em mim
um tilintar
de cris (tais).

Ouvi "ais"
dos céus
o mais,
o bis.

O som
O tom
as rezas
rock and roll
nos cachos
dos cabelos
dos anjos.
90 Cachorros
(Para Hilda Hilst)

No escuro da vida,
ouvimos latidos.
90 cachorros
rasgam os laços
da solidão.


Pausas,
afagos,
sussurros.
Anjos chegam.

As flores,
as cores,
tornam-se
translúcidas
e mais vivas.

90 cachorros
em círculos,
cheiram o ar.
A alegria
é viva nos olhos,
na língua úmida.

90 cachorros
vagam em movimento.
Decifram sinais
na pele
no olhar dos homens.

domingo, setembro 07, 2008

quinta-feira, setembro 04, 2008

quarta-feira, setembro 03, 2008

Encontrodepoetas

(Para Cris de Souza & Cáh Morandi).

Duas poetas
se completam.

Ouvem silêncios
no canto da boca,
no canto dos olhos,
nas curvas do mundo?

-Sentem na pele
novos aromas
da poesia
solta em líquidos.

Na acontecência das horas,
poetas se encontram.
Louvam às almas,
dizem aleluias
salvam os sonhos,
secam as lágrimas.

terça-feira, setembro 02, 2008

Saudade

Saudade.

Doida,
doída,
dobrada.

Faço novenas
e não voltas
para meus braços.

Borboletas

Borboletas voam,
Poemas chegam.
Nas manhãs,
recordo canções
ouvindo madrugadas.

segunda-feira, setembro 01, 2008

CantarSetembro

PARA CANTAR SETEMBRO

As flores e os frutos,
Os mares e os céus.

borboletas
passam.
Passam
nuvens
trnsvestidas na luz
e nas cores,
do pensamento dos homens.

Setembro nasceu!

(Raimundo Lonato)

sexta-feira, agosto 29, 2008

Ciúmes

Apagas meus versos.
Eu não ligo.
Ouço estrelas.


Borboletas voam
na minha alma.
As horas guardam
ouvem, descrevem
palavras mortas
no céu da minha boca.

ट्रेमAzul

Trem Azul

Vamos fugir do cheiro do óleo
derramado nos mares.
Fios de fumaças
desenham horrores
nos céus.

Stop!

A vida é breve e leve.
Saturno é lindo!
Poderemos brincar
de esconde-esconde
pulando nos seus anéis.

Num trem azul,
iniciamos a viagem.
Na bagagem,
esperança,
harmonia.

Quando tudo for perfeito,
voltaremos à Terra
com novas missões
limpando os mares,
colhendo flores.

quinta-feira, agosto 28, 2008

ABoba

Já rasguei folhas de papel
onde escrevi
ridículos poemas de amor.

Em noites insones
escrevi diários.
Fui a boba-menina
a conversar
com príncipes de pano.

terça-feira, agosto 26, 2008

INTIMIDADES
(by Myself)


Mostro-me
em segunda pele.
Leve e transparente,
oculto minúcias.

Ensaio.
Sou divas hollywoodianas
e
transformers da madrugada.

Eternas são as horas
passadas no inverno.
Acordo solitária.
Em fragmentos,
vejo-me no espelho.

Em lágrimas,beijo amigos
e flores de pano.

Assim descrevo-me.
Sendo não sendo eu mesma.


Nos camarins,
fantasmas seguem-me.
Mergulho no lirismo
dos poetas românticos.

Encontro-me:
sou maior
vivendo
sendo
uma estrela.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Às almas

Navegas mares,
palavras.
Trafegas sobre pedras,
homens,
pássaros,
borboletas.

Entregas
Deuses às almas.

Entrelinhas

Somos
não
somos.

Somamos
o ser
e
o não-ser.

O universo
se contrapõe
ao sim
ao não.

Explicam-se
as filosofias?

Ah,
eu sonho
o vazio
de tudo.

Ouvir somente
o som dos astros.

Uma canção:
o amor chegando.

segunda-feira, agosto 18, 2008

UmcantodeDeus

Deus cantou um blues numa tarde de chuva.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Pedrasnuvens

Pássaros voam
sonham nuvens.
Eu
sonho caminhos
sem pedras
nos sapatos.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Resistência

Fogueiras
na alma,
êxtases.
Artifícios
na falta
de alegria.

Teço poemas
com fios de seda.
a poesia resiste
e insiste
em continuar.

Segredos
soltam-se
dos nós
tecidos
estampados
com flores.

O amor vai/não vai,
o amor volta.
Compõe
uma canção.

Na falta de tudo,
uma lágrima salta
no pulso,
na palma da mão.

Tarde de agosto.
Pobre rima solta
no teu rosto.

Chega de saudade
nessa página
nessa tarde
sem alegria.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Núpcias

NÚPCIAS.

Ofertei luas,
abraços.

O amor foi maior
quando veio o sol.

Numa tarde total
celebramos eternidades.

Deus, cheio de si,
cantou,bailou,
se embriagou
com vinhos.

Salvas,
estavam nossas almas.

sábado, agosto 02, 2008

NewPoem

Um Poemeto

De novo,
ver estrelas
e flores
e luares.

Novos olhares,
amores,
mares,
sonhares.

De novo
a vida
tecida
com fios
poemas
escritos
nos céus.

Tudo volta
no olhar
e na alma
de criança
dormindo.

quinta-feira, julho 31, 2008

À Musa

Inspiras versos miúdos
entre pedregulhos
e galhos secos
à beira da estrada.

Velhos bagulhos
soltos/dentro
das bolsas de pano.

Me inspiras
vendo flores
e perfumes
em oferta
à deusa do mar.

quarta-feira, julho 30, 2008

Silêncio

Silêncio...
Necessito para me encontrar
e às vezes,
chorar.
Tua poesia penetra os poros da alma.
Encontro verdades expostas
lá longe
no fundo dos teus olhos,
atrás dos óculos
escuros.

terça-feira, julho 29, 2008

Esperava o amor acontecer
numa tarde de sol.
Tudo foi tão perfeito!
Mas o que é lindo é efêmero
e deixa-nos assim,
a contemplar as delícias
marcas de um tempo que se foi.

sexta-feira, julho 25, 2008

Mudanças

Ela troca de perfil,
como troca de roupa.
Com verde e rosa,
tinge os cabelos...

Muda amanhã,
se chegar chuva,
se fizer frio,
se vier o sol.

Troca a maquiagem
depois da noite,
nova fase da lua cheia.

(Raimundo Lonato)

quarta-feira, julho 23, 2008

Poemeto para Deus.

Poemeto para Deus.

Poetas cantam...
Dançam aleluias.
Deus, tão calmo
e complacente,
tudo asssiste,
tudo vê
num silêncio
entre
palavras.

terça-feira, julho 22, 2008

SENTIR O MAR

Sentir o mar
e derramar
o amor.

Sentir
o mar,
ver
mistérios
e me revelar.

AsRosas

As rosas falam e dizem para sermos espelhos de nós mesmos, para aprefeiçoarmos o próprio perfume.

segunda-feira, julho 21, 2008

PoemadeSegunda

POEMA DE SEGUNDA

Nessa segunda-feira,
faço orações.
Acendo velas,
incensos.
Arranjo as flores
e esforço-me
para ter alegrias.

Um deus careca
e de barba rala,
anuncia o amor.

Mas todo início
vem confuso
e
preguiçoso.

Medimos o tempo
pela intensidade da luz.

E devo voltar
à canção da esperança
para viver dias claros
e multicores.

domingo, julho 20, 2008

DOMINGO

Domingo de sol,
Céu de estrelas.
Sonho
amores
deixados
dormindo
sobre lençóis
estampados
com pétalas
de margaridas.

O domingo se foi.
Ventos retornaram
a levar as folhas
onde escrevi poemas
inspirados na saudade.

Tododia

Célula a célula,
no espelho do tempo,
minha face se revela.

A barba rala,
se enrola
na saliva
de Judas
em sábados
depois do sol.

De cabelos soltos,
anjos celebram os dias
com aleluias in jazz.

Eu sonho,
eu canto,
eu morro.
Todavia,
Sigo enterros
toda hora,
todo dia.

Lá no fundo,
no canto dos olhos,
revelam-se flores
e astros.

E morro todo dia,
para voltar
cheio de luz.

sábado, julho 19, 2008

Ritual

Mergulho em silêncios
por longos minutos.

Separo as flores,
faço arranjos.
Vasos de cristal
estão sempre à mesa.

Fumaças de incensos
ofereço ao deuses.
Ouço sons de flautas
vindos de outros mundos.
Nesse ritual
reencontro a essência
de mim mesmo.

sexta-feira, julho 18, 2008

Não faço lamentos,
não guardo lágrimas,
não lembro tormentos.
Simplesmente choro.

Guardo somente,
o sal das lágrimas
seio da terra
numa tarde de sol.

segunda-feira, julho 14, 2008

FardoArdo

FARDO/ARDO.

Meus mortos,
escrevem
palavras
trêmulas.

Ardo
com fardos
e enfados
verbais.

Onde posso
descansar as mãos
que teclam poemas
com gosto de lágrimas
e cheiros de agonia?

Vivo estou
ou sobrevivo
à espera das almas
consoladoras?

Ó! fardo.
Esse viver sem poesia.

domingo, julho 13, 2008

Sobremesa

Sobre
a
mesa,
rapa
dura.

Sem dentes,
a vida
é mole
ou dura?

Se tens amargura,
não coma rapadura.

Caminhas na sombra
fria e pesada
e alma impura.

quinta-feira, julho 10, 2008

NoEspelho

...e te olhas no espelho.
Vês tua alma
mais bela e pura
entre outras,
feias,
desencontradas...
escuras.

(Raimundo Lonato)

sábado, junho 28, 2008

Pensares

Estrelas sugam as pequeninas grandezas em mim.

Elas em P&B

ELAS EM P&B

As divas
todas
riem
dentro
de mim.

Tecidos
colados
ao corpo,
desenham
no ar
desejos ocultos.

Cabelos:
Negros
lisos
louros
encara/colados
ao vento.

Large
star sistem
vivem buscam
o tom exato
das cores
na alvura
dos lençóis.

Ins/piração

Tu(o)
me
ins
piras.

Não
piras?

Pa
lavras
cortadas
com lâminas
de vento.

Surdas
mortas
coladas
no vazio
do
silêncio.

Vivendo

Viven
do
vend a
a
legri
a.

terça-feira, junho 24, 2008

A Noite

...e sofremos querendo saber os segredos da noite.Por isso, a natureza oferece a poesia das estrelas e astros em movimento.

segunda-feira, junho 23, 2008

Em Movimento

Poemas ecoam
nos cantos da alma.
Sigo traços
e planos.
Fios de nada
constroem
incertezas
e desencantos.

Tudo passa
ou eu passo
a mergulhar
no baú
das lembranças?

Ninguém volta
a reviver passados.
Futuros chegam
minuto após minuto.
Somos só hoje
e devemos ir
à primeira esquina
ver homens,automóveis,
folhas e chuva caindo.

A vida é movimento.

domingo, junho 22, 2008

Almas Seculares

Almas seculares
encontram-se
dentro de mim.
Borbulham louvores aos céus
para salvar-me.

sábado, junho 21, 2008

O Tudo

o tudo
na alma.
O êxtase.

Palavras
dançam,
se cruzam,
se desatam.
Saltam,
vibram,
colam-se
no silêncio.



Multiplica-se
a consciência.
Somos deuses
vestidos de luz.

sexta-feira, junho 20, 2008

Eu sou muitos e por isso digo nós.

Faz Tempo

Não caio nas armadilhas do amor,
faz tempo.
Faz tempo
que meus olhos,
não contemplam
o ser
amado.

Faz tempo
que a vida é tecida com fios
de esperanças e vontades.

Faz tempo
que não choro ausências.

Faz tempo
que meus poemas
não guardam lágrimas
para lavar as pedras
soltas no asfalto.

terça-feira, junho 17, 2008

Over

Perdão.
Poesia demais,
embriaga.
É vinho
"sangue de boi"
no final da feira.

Leminskianas

Tudo em mim
está à margem.
A política,
os homens,
promessas,
ideologias.

Naufragam:

amores,
flores,
florestas.

Em mim
escapa:
o capital
na palma
da minha mão.

Salvo em mim
a poesia.
Nau de nuvem
iluminada.

segunda-feira, junho 16, 2008

O Palco

Qualquer canto da cidade,
transformo num palco.
Pena que às vezes
deixam as lâmpadas apagadas.

sábado, junho 14, 2008

O Mar

O mar,
eternamente,
a respirar
poemas
no céus
de Portugal.

Um Lobo

Um lobo apareceu...
uivou
poemas.
O mar
calmo
anunciou a manhã.

quinta-feira, junho 12, 2008

Para Cris-tal

A vida guarda boas surpresas nas gavetas do tempo.A tua poesia chegou num momento em que navego mares calmos, entre nuvens,poemas e saudades.

Poema em construção

Entre nuvens,
meu sonho viaja.
Ventos levam-me
às ruas da Espanha.
Descrevo cenas:
Lorca em visita
à casa de Bernarda Alba.

Soltas,as palavras
soam em círculos,
ganham cores,
no ateliê de Salvador Dalí.


Amores
beijam
lábios
rimados
na volta
nas flores.

quarta-feira, junho 11, 2008

Fim de Feira

Vazios:

Os potes,
as panelas,
as gaiolas.

No chão:
Farelos de pão
sobre tijolos
e panos mofados.
Nos passos,
sonhos futuros.

Sem montaria:

Uma cangalha nova,
uma bicicleta à venda.
Na barraca de lona,
um carro-de-boi.

No tempo seco:

O som das violas.
Num canto da boca,
dentes quebrados.

Nos céus:

Nuvens de preces,
milagres.
Lágrimas
uniram-se à chuva
No fim da feira.

A festa Voltou.

domingo, junho 08, 2008

O Baile



Não devemos entrar
no ritmo desse baile.
Como receber verdades
no calor da pele?
Como ver sombrancelhas,
molduras dos olhos,
janelas para o mundo?

Palavras,
ouvimos.
Músicas,
dançamos.

Mas o rosto
se esconde
dentro
das máscaras.

Ó, como fugir
desse baile?

quinta-feira, junho 05, 2008

Amargas



Pa
lavras amar
gas
per
corre m
re
cor r
e m
fogueiras.
Reacendem
as dores
apaga/das.

orkut - Sempre sentirei raiva dele. O gosto amargo daquilo passou quente na minha gargan...

PRETO E BRANCO

As fotos em preto e branco
expostas nas paredes do quarto.
Dizem tanto de ti!
O negro amor
a percorrer destinos,
a acordar as dores,
a perturbar silêncios.

As palavras santas
repetidas nas orações,
tantas vezes esquecidas!

Ó!toda a alma
vestida de abandonos.

Deus parecia fugir
de tua alma
e não tinhas pecado
para confessar
depois do meio-dia.

E toda a tua vida
se divide nos traços
e linhas da vida
em preto e branco.

quarta-feira, junho 04, 2008

Publicidade

Perdi o meu amor, no lugar onde esqueci o meu All Star.

segunda-feira, junho 02, 2008

Sangrando

Ó deusa da alegria!
Vinde habitar-me
pois meus olhos,
sangram lágrimas.

Todos os mares
onde navego
naufragam-me.

Vinde.
Ó, alma! habitar-me
com vossa luz.

Musica Negra, para lavar a alma.

sexta-feira, maio 30, 2008

Ardências

Parodiando Fernando Pessoa:Todos os versos de amor são ridículos.Não fossem ridículos não escreveríamos poemas de amor.

CONCRET POEM TWO?

O amor
a
dor
n
a cor
a
dor
a flor.

A tarde
encarde.
Ar
de
fora/dentro
no olhar
ar
de
ndo de amor.

Renascimentos

Morremos lentamente,
sobre os corpos
mortos por nós mesmos.

Apagamos tantas ilusões!
Somos expostos
nos mercados das vida.
Túmulos de pedras
esperam-nos
adornados
com flores de plástico.


Ilusões
Nascem,
renascem.


Plantamos novas flores
ao nascer as manhãs.
Renascidos,
Ouviremos o amor
que estava mudo.

quinta-feira, maio 29, 2008

Olhos abertos.


Ao acordar,enfrento desafios. Abro meus olhos.Faço uma mentalização. Vejo luzes multicores,rezo mantras, abro janelas para receber o sol.Saboreio as frutas e o café da manhã, lentamente. Vejo pelas manchetes dos jornais:
Ministro da Defesa exige Renúncia de Olmert.
Mulher Bomba Desafia Europeus.
Ai, quero gritar, para fugir do tédio.Peço socorro a mamãe, torço pela vitória do Obama,choro a vida sem pátria,das crianças e mulheres palestinas. Volto a pensar nas fronteiras de Israel, sob o olhar protetor do Bush.
O céu vai se tornando mais azul, o sol ilumina a relva e espalha toda a luz além das minhas janelas.Eu digo para mim mesmo:Só a poesia numa hora dessas, para acalmar meus nervos:
Viver a vida é amar as flores após longas caminhadas sobre as pedras.

As folhas

Caminhando,
observamos as folhas secas,
espalhadas nas ruas
de uma pequenina cidade.

Nos quintais,as folhas secas
guardam tantas histórias!
Alí,o vento chega a brincar,
escondendo-as entre as pedras,
compondo o humus dos jardins.

São transformadas em símbolos
de sonhos realizados,desfeitos,
desfolhados...
Celebram a volta
dos pingos da chuva,
lavam as pedras,
abençoam poemas,
uninem-se aos rios e mares.

Pensares

Nossa vida é uma referência para o mundo. Somos a própria luz e crescemos ao celebrar a nossa existência.

segunda-feira, maio 26, 2008

"Rastejar é humano".Disse o poeta gaúcho,conhecido pelo pseudônimo Condessa Lilith. Faz séculos que experimentamos as agruras das lutas pela liberdade de ser e dizer. Imbecil é aquele que se acha livre para gritar os nomes do amor e da liberdade. Ironicamente ou freudianamente, digo:Somos livres quando sonhamos. Somos nada quando dormimos.
Passamos a vida inteira para construir nossa indentidade e diante dos confrontos entre as diferenças, percebemos que a sociedade permanece ainda reticente às mudanças, alinhando comportamentos e classificando-nos como homens e mulheres.
Na verdade, são conceitos criados e desenvolvidos ao longo dos milênios, pelas instituições religiosas,sociais e filosóficas.Segundo estudiosos, o homem e a mulher biologicamente, possuem diferenças sutis. A partir de Freud, a mulher passou a ser vista na sociedade como um ser humano, com todo o direito à participação na família e nas decisões polícas.E ainda, Freud disse, que há diversidade na erotização do corpo e nas variantes no desejo.

quinta-feira, maio 22, 2008

Delírio

Quero
ver um céu exótico:
Nuvens,
fios dourados
em neve
entrelaçando almas
numa noite cheia.

Quero
a alma total.
Mergulhada,
purificada
coberta de flores
e
alvos lençóis,
num luar vermelho.
Esse video leva-nos refletir sobre o fazer artístico.Total entrega às manifestações do Belo e muitas vezes,pressionados pelas leis de mercado,o reconhecimento é tardio.

quarta-feira, maio 21, 2008

Concret Poem?

Meu corpo
se parte
se espalha
no espelho
no espirro

no além

no após.

O mínimo esfarelado
nas clar/
idades do espaço
trans
(a)parências
do azul.

Está no meu olho
no canto da boca
no ar frio de maio
no luar
ar repio do nariz.

segunda-feira, maio 19, 2008

La Nave


Se for
para fugir do stress urbano,
das fumaças do óleo diesel,
das frutas podres
e fezes nas calçadas,
entro numa nave louca...

Vou além mar,
além nuvem.
Em férias,
serei oculto,
no azul intenso
do silêncio total.

domingo, maio 18, 2008

O Grande Mar


Há múltiplos caminhos:
O Mar,
o além azul,
horizontes
na escuridão
de si mesmo.



Antes da caminhada
devemos saber
os nomes das frutas.
Nas sombras das árvores,
sonhar e beber a chuva.

Com flores nos cabelos,
cantar.
Com as borboletas
imitar
a leveza das nuvens.

Dormindo,
somos crianças
ouvindo poemas.

São múltiplos os caminhos
que nos levam ao Grande Mar.

I Love Fred Astaire.

Fred Astaire.Com ele podemos dizer:Darçar é soltar da alma e do corpo todas as maldades, para transformarmos tudo em alegria.

sábado, maio 17, 2008

Surpresas da Vida.


Passando férias em Aracaju, deparei-me com uma imagem que nunca saiu da minha memória:um barco se aproximava à margem do Rio Sergipe.Um homem desceu. Nos braços um caixão.Dentro dele, o corpo de uma criança morta.Não sei se era um filho.Mas o caminhar, revelava silêncio interior e uma profunda aceitação das surpresas da vida.

Um Tango Argentino


No final da tarde,ele chegava com os olhos no chão.Ao ver-me, cumprimentava-me com as mãos trêmulas e a voz baixa:
- Boa tarde.- Falava com dificuldade.
Eu via nos seus olhos mil histórias para contar.Mas ficava mergulhado em total silêncio. No dia do seu aniversário,num mês de novembro quente, disse-me que vinha à minha casa,para encostar os sapatos num canto e livra-se da poeira do mundo.Por muitas noites seguidas,presenciei seu pesadelos. Num quarto escondido nos fundos da casa,ele adormecia.Murmurava algumas canções.Ouvi pronunciar repetidas vezes:
- Não tenho amigos,porque sou calado. Não tenho amor, porque não sei dançar um tango argentino.

sexta-feira, maio 16, 2008

Eepera


Espero mais flores e frutas nos quintais.Não digo amores, porque eles acontecem em nossa vida e para isso, devemos aprender com a natureza a essência da doação.

segunda-feira, maio 12, 2008

Quase

A noite quase
aconteceu dentro de mim.
Foi quase lua cheia
nas sombras do meu quarto.

Quase morte.
Mas havia velas acesas
atrás da portas.

No fundo de mim mesmo,
ouvi o som das ondas
dos mares em fúria.

Onde estavas
para beijar-me
nessa hora?

Quero dizer-te tanto!

Agora as palavras
estão caladas
na garganta seca
e nos lábios frios.

Nosso amor,
marcado de promessas,
naufragou no escuro
das águas.
Morrias no vazio
sem deixar palavras
nos compassos do silêncio.

No fundo dos teus olhos

O amor estava oculto
lá no fundo dos teus olhos.
Eu via tudo.
No entanto,
negavas
machucando as flores
colhidas nos quintais.

Atitude

... e foi tão leve a minha atitude, que um anjo de plumas mais leve que o vento, venho em meu auxílio.

domingo, maio 11, 2008

Podes

Podes
furtar os meus sapatos
engraxados no domingo.

Podes
sujar as minhas camisas
estampadas com flores.

Podes
levar todos os objetos,
deixar vazio o armário.
Mas não apagarás
as relembranças
dos meus amores.


Podes levar tudo
E abandonar
na primeira esquina.
Mas a poesia,
brinquedo da alma,
será permanente
na ira dos teus olhos.

sábado, maio 10, 2008

Pensares


Tia Mundoca.
Uma guerreira aos 79 anos, a quem dediquei meu livro "Claro Espírito".

Vamos passar
as horas

em turbilhões
de luz
e tranformá-las
em momentos
de
harmonia
entre todos os povos.

quinta-feira, maio 08, 2008

Um pouco da Russia. País que vou visitar

Quem?

Quem numa tarde de inverno
vai preparar a mesa com flores
e guloseimas
compradas no Mercado Muncipal?

Quem vai ensaiar uma música de João Gilberto
para cantar numa hora de angústias?

São tantas interrogações nessas horas de abandono!

quarta-feira, maio 07, 2008

Nordestinando

Despachamos um cão para o inferno e nascem mil, para aperriar a vida de um "caba".

terça-feira, maio 06, 2008

Qualquer dia desses,
numa manhã de inverno,
tomaremos chá
em porcelanas chinesas.

A mesa posta.
Toalha de linho do Cairo,
Flores colhidas no quintal
e uma vontade:
continuar o amor
no brilho de alguma estrela.

O Passo dos Trinta

Passei dos 30.
Mas ainda guardo
a fatura
da fartura
dos 20.

Vivo futuros,
globalizações.

A esperança
continua
nalguma fumaça
saindo
dum buraco
na rua.

No escuro da China,
meus olhos ganham luz,
iluminam meus passos.
Eu não falo Chinês
mandarim ou tibetano.

Algum amor
anda perdido
entre calçadas.
Lê números confusos
nas listas de endereços
das cidades londrinas.

Ah, o amor.
Quando voltará?
Digo
adolescentemente,
sentindo flores,
ouvindo zumbidos de abelhas.

Passei dos 30
e não sei se vou
além desses futuros
programados para acertos.

Em Nuvens

EM NUVENS

Alguns versos,
algumas flores.
Algumas
palavras
vindas
findas
em
nuvens.

terça-feira, abril 29, 2008

Otimismo Numa Hora Dessas

Digam não às minhas vontades.
Ponham sabores amargos nos meus lábios.
Apaguem a luz dos meus olhos.
Matem as flores do meu caminho.
Mesmo assim, não apagarão da minha alma,
a certeza de habitar alguma estrela.

Queimem os livros sagrados.
Criem leis contra adorações.
Mesmo assim,
um Deus poderoso viverá em mim.

Há Poesia quando

Há poesia
Nos galhos secos das árvores,
nos mares em fúria
e nos lagos de lama.

Há poesia
No silêncio das pedras,
no amadurecer dos frutos,
na chuva fina
molhando a roupa no varal.

Há poesia
No vôo dos vagalumes
uma noite sem estrelas.

Há poesia
Nos caminhos da paz.

Poema Para Viver Mais

Tudo agora se define em minha vida.
Tudo,tudo,tudo.
O mesmo sol das manhãs.
A mesma flor nascendo
nos jardins da minha casa de cristal.

O mesmo amor a ocupar espaços
nos dias de inferno.

Novos poemas chegam,
conto louvores
de esperança e alegria.

Aleluia!Aleluia!
Vejo luz nas palavras,
desenhadas nos céus.

Há imcompreensão demais
para as divindades
que ora habitam em mim.

Eu canto.
Canto e me transformo no mar
a brincar no movimento das ondas.

Ó Deus!
Onde estais para dizer aos homens,
que sou na terra,um habitante feliz?

(25.03.2003 - 1H:20 - Madrugada)

sábado, abril 26, 2008

Fuga Maior

Numa tarde de outono,
A poesia, acalanto para meus sonhos,
fugiu dos meus olhos.
Levou das mãos
e do rosto,
a essência do amor em evolução.

Nas linhas dos encontros
desenhou imagens difusas
nas cores das ilusões.

A poesia fugiu...
secos,meus olhos se fecharam.
Demônios gargalharam
no escuro da minha solidão.

quarta-feira, abril 23, 2008

Dançar um rock, para viver.

Quando nasci,um louco de asas douradas,disse:
- Vai, Raimundo!Vai viver teu sonho.
Quando a vida se embaralha em conceitos e preconceitos, eu danço,ouço Led Zepellin, Beatles e Rollings Stones.Tudo passa e a vida vai como um rio nos olhos dos indianos a banhar-se no Ganges.

segunda-feira, abril 21, 2008

Medo

Medo de abrir as portas da casa
e receber marteladas nos dedos.
Medo do olhar gélido do outro
e do aperto de mãos pesadas.
Medo dos lábios num beijo fraterno?

Ah, tenho medo de punhais
depois de um abraço frio.

sábado, abril 19, 2008

As falsidades do mundo, levam-nos ao mar das nossas verdades.

sexta-feira, abril 18, 2008

Para Isabella Nardoni

Para Isabella Nardoni

Choro, mas não sei se é por tristeza.
Choro, porque não há uma lógica para as lágrimas que ora derramo.
Choro, porque ainda continuaremos a ouvir os passos dos homens, faltosos de justiça e obsecados de paixão para acumular capitais.
Choro, por que seguiremos em caminhos curvos, debaixo de nuvens plúmbleas, ouvindo canções dos lábios dos que aprendem a essência do verdadeiro amar.

quarta-feira, abril 09, 2008

Feminina

Quero amar e derramar
palavras escritas
nas nuvens.

Quero ser água,
chuva caindo
na terra fofa.

Ser a mãe,
a mão feminina
tocando a fonte,
a folha,
a flor.

Manhã chegando
depois do sol
do amor cantando.

terça-feira, abril 08, 2008

O Som do Tempo

Ouvir relógios,
consertar as horas
nos sons do tempo.

Acordar
ouvindo
um tic tac
tocando
no mundo.

Acertar ponteiros,
Somar pontos
ao meio-dia.
A meia-noite
contar estrelas.

Viver o timing da vida
vagarosamente.
Marcar uma hora
para acordar a poesia
no caderno azul
do poeta Raimundo.

Cair no Mundo

Cair no mundo, é decepar as amarras do medo e se descobrir humano. Demasiadamente humano, para enfrentar diferenças e se descobrir melhor. Cair no mundo é preciso.

segunda-feira, abril 07, 2008

Conserto e Concerto no Domingo

Meus domingos, passo com os olhos dentro dos jornais. Injeto quilômetros de informações, para saber os rumos da política brasileira e internacional.Assusto-me com os 200 mil mortos em Darfur, no Sudão.A falta de políticas sérias para a educação, o desmatamento e a crise na saúde e a violência nas grandes cidades.
Para acalmar os nervos, assisti a um programa de música erudita, na TV Senado.Ouvi na íntegra o concerto em Bi menor para violoncelo e orquestra,de Antonin Dvorjak, com a Orquestra Sinfônica de Londres.Enquanto ouvia, refleti sobre a importância da boa música para o nosso equilíbrio emocional.Assim, comprendi que a humanidade ainda tem conserto e podemos sonhar com a paz e o desevolvimento espiritual de todos os povos.

sábado, abril 05, 2008

Brincante

Atchim!!!
Meu Deus,
Estrelas caem
do céu da minha boca.

quinta-feira, abril 03, 2008

De Novo a Cantar

Hoje ninguém participou da ceia de minha vida. Estive slow down, esqueci do sal no arroz, chorei no escuro do quarto. Um anjo gargalhou das minhas dores, fez piadas da minha falta de jeito para falar das minhas saudades.
Choveu nessa tarde de abril. Segui calmamente pelas ruas, a sentir cada pingo de chuva no meu rosto e nos meus cabelos.Pela janela do ônibus, vi a cidade cinza,senti o cansaço das mulheres voltando do trabalho e o suor dos rapazes saindo das academias.Em casa, dentro do quarto, li um poema.Aqui estou de novo a cantar.

Sobre o Amor e a Saudades.

Os poetas tecem loas e canções à saudade.Eu nada sinto.E só sei ver horizontes e neles, amores chega, cantam, abraça,salvam.
Por que esse sentimento tão lindo não chega em minha alma?
Há momentos de abandono e melancolia, eu sei.Mas ainda espero o amor bater a minha porta.E se não vier, não chorarei nenhuma lágrima.Sou mais que uma paixão e o amor está nas pequeninas coisas.
Nos rumores do mar,na dança das folhas e na força das ondas batendo nas pedras.

Stand By

Ainda não escrevi
um poema ritmado
no som do esquecimento,
Só tenho no fundo dos olhos,
poemas de saudade.

As emoções se encontram
em momentos de espera.

Poeta sou.
Continuarei a ser
toda a vida e além.

Num dia claro,
manhã de abril,
haverá esperança
no olhar dos homens.
Nos seios das mulheres
flores de luz
e nas canções,
notas de alegria.

Um dia o amor acordará
um exército dentro de nós.
Em marcha, de mãos dadas,
Cantaremos dezenas de hinos
para eternizar as manhãs.

terça-feira, abril 01, 2008

Calçadas Burguesas

Eu gosto de ouvir
as palavras das loucas.
Saem por aí.
No meio da madrugada,
rasgam os vestidos,
jogam retalhos
na face do tempo.

Abandonadas,
melancólicas,
se agasalham
nos braços
dos bêbados.

Eu gosto da marginália
a dançar
no cuspe,
no brilho
nos olhos
das calçadas burguesas.

Em Movimento

Não parar o corpo.
Girar a alma
em torno de si mesma.

Girar a roda do tempo,
chegar noutros céus.

Estacionados
a sombra dos sonhos chegam
onde giram os erros da nossa história.

Lembrar que amanhã
o sol é o mesmo
a iluminar
as flores,
os mares,
os passos,
caminhos,
horizontes.

Somos sóis.
Iluminamos palavras,
movimentamos vidas,
multiplicamos luz.

segunda-feira, março 31, 2008

E pensar que podemos voltar a vestir tantas lembranças e colocar flores nos vestidos desbotados.

FERNANDO PESSOA

"De tudo na vida,
Ficaram três coisas,
A certeza de que estamos
sempre começando,
A certeza de que precisamos
continuar..
A certeza de que seremos
interrompidos antes de terminar..."

domingo, março 30, 2008

Ternuras

Que sejam doces todas as nossas manhãs. Mas se vier agruras, sejam para apredermos a sonhar nas horas de ternura.

Lançamento do livro:Pó de Lua & Outros Pós no Hotel Ibis em Paulínia-SP

Em pé:Isa e Silvia. Sentadas:Dra.Rita Campos e Dra.Ana Clara

Uns & Outros

Uns cantam,
outros calam.
Uns dançam,
outros param.

Não trabalham
a palavra
a pedra
o bruto
o espírito
em salvação.

Não escutam
a parábola
dos talentos.
Não entendem
que a vida
vai e vem
em ebulição.

Uns
e outros
seguem
natural
mente
a
evolução
a espécie
humana.

Trem Doido

Um trem doido
é a vida.
Dentro
assistimos:

Gritarias,
acenos,
chegadas,
partidas,
risos,
lágrimas.

Na bagagem

alguma coisa leve

Pertence a alma.

Em algum lugar
chegamos inteiros,
sentindo aromas
dos seres de luz
num berço de paz.

sexta-feira, março 28, 2008

Num mundo onde a lógica do capitalismo é viver tudo agora e somos o que possuímos, eu digo: Sou a soma de muitos;Eus & vividos em milhares de formas.Na Era Vitoriana, conheci Oscar Wilde. Sinto pulsar dentro de mim os versos do Fernando Pessoa, Os Sertões de Guimarães Rosa e Engenhos de José Lins do Rego.Fui europeu-indo-africano.Subi montanhas,desci montes,meditei às margens do rio Ganges.

Eu fui muitos e hoje navego-caminho nessa vida brasileira, sonhando com a paz e a justiça social.Eu sou poeta,escritor,jornalista,ator e às vezes um Zé Ninguém,mirando estrelas. e estou entre o sim e o não do ser em evolução.

quinta-feira, março 27, 2008

Entrelinhas

Ficamos nas entrelinhas...
Entre a luz e as sombra,
o medo e a coragem,
depois da passagem
do sol do meio-dia.

Há alguma coisa
entre a pele
do corpo
da alma
do menino
da menina.

Sexualmente indefinida,
Há alguma coisa
entre
êxtases e agonias.

Somos muitas vezes
folhas de papel
onde deixamos recados
para serem lidos
depois do inverno.

Nas entrelinhas,
somos
não somos
o ser e o não-ser.

Somos alguma coisa
entre o monge e a puta.

quarta-feira, março 26, 2008

Flickr

This is a test post from flickr, a fancy photo sharing thing.

Flickr

This is a test post from flickr, a fancy photo sharing thing.

Caminhar

Nossa missão é caminhar
passo a passo rumo ao horizonte.
Confiar é o verbo pronunciado
para realizar desejos.

O tempo?

A natureza guarda segredos
e cabe a nós,
acumular horas de paciência
para receber revelações.

Uma árvore passa dezenas de anos
para nos dar sombra, flores e frutos.
Por que não aprendemos a delícia da espera?

terça-feira, março 25, 2008

Ebulição

Ebulição
Poeta municipal?
Hum!
Não.
Desejo ser Universal.
Bem além do federal.
Há marketings perfeitos?
A vida vai num poema,embalada ao vento.
Nas escuridões do tempo,
fotografamos nossa alma
com a Luz da natureza.

Não sou:
Fingidor,
triste ou alegre.
Apolíneo,
Colérico ou dionisíaco.
Sou poeta.
Com todo direito a sê-lo.
Deus escolheu-me para assim ser.

Sobre as ondas, eu vou.
Eu sou uma ebulição no mar.

segunda-feira, março 24, 2008

As Coisas

Se todas as coisas tivessem explicações,
perderíamos o sabor da poesia.
Não explicamos o amor,
nem a saudade.
Os sentimentos acontecem...
entre pedras e nuvens,
cminhamos..

domingo, março 23, 2008

Azul Desbotado

Nossa!
Entrei numa casa de nuvem,
com o coração fragmentado.

Caminhei na lama
banhei-me nas águas
das americas, Áfricas
e orientes em guerra.

Numa noite gloriosa,
ouvi relatos dos anjos
nas horas de perdão.
Chovia estrelas.
Deus, soltava os cabelos
cantando uma canção
dos Rollings Stones.

Recolhi lembranças,
troquei as roupas amassadas,
a vida foi reinventada
na velha casa
de azul desbotado.

sábado, março 22, 2008

É preciso navegar nesse mar, para ver horizontes além das águas.

Inspiração

Úmida, a pele exala cheiros
eróticos,
exóticos.

A alma,
espalha versos no azul-luar
e adormecemos a sonhar
e a beber o suor e a saliva
dos amores abandonados.

Ó, doce ironia!
Tem mel demais nesse poetar!!!

sexta-feira, março 21, 2008

O Poeta

O poeta é um ser sensível. Capta as mensagens de seres cósmicos, e, às vezes se perde nesse mundo fantástico das imagnes douradas. Lembramos do poema "E agora josé", de Drummond? E "Pasárgada" de Manuel Bandeira.
Estamos sempre a fugir para mundos distantes, fantasiamos a própria vida. Se as dores são infinitas, nos transformamos em outros "eus", como Fernando Pessoa. Mas a dor não é uma pulsação constante em nossas almas.
A vida tem seu lado maravilhoso e para vivê-la, somos muitos. Há o glamour dos palácios, mas também, há maravilhas do ser, nos castelos de papel e lata.

quinta-feira, março 20, 2008

A moça-menina

A moça-menina, há meses se esconde nas páginas de um diário guardado numa gaveta fechada à sete chaves. Os ventos desatam os laços de fitas, que prendiam seus seus cabelos. Colam flores nos vestidos, antes desbotados. Trazem as lembranças de um amor e as promessas de um beijo num final de verão.
A moça-menina se esconde, mas não deixa de usar um batom lilás e nos pulsos, pulseiras de prata, que tilintam nas ladeiras da cidade pequenina, onde os sinos anunciam a hora das orações.

quarta-feira, março 19, 2008

A Zonza

A zonza
Hummmm!...
Aprende a ser
feliz sozinha.

Pisca aqui,
pisca acolá,
se ilude,
desilude,
gargalha.

Imita as gaivotas,
Pára a brisa
zonza no ar.

Sonha,
dança,
beija,
abraça
o corpo magro
dum pop star.

Pensares

Quantas vezes somos julgados pelos nossos relacionamentos? - Isso é bíblico. Dizes-me com quem andas e eu direi que és. São diversas as minhas tribos e percebo que só assim, cresço em meio às diferenças de culturas e seres.
Há em todos nós, um tirano, um ditador, um profeta dono das verdades espirituais. A verdade é consistente, quando não fere suscetibilidades.
As sociedades se organizam, administradas com respeito às múltiplas formas de pensar. Eu existo, tu existes, existimos. Em comunhão, construímos um mundo pleno de justiça e ordem.

terça-feira, março 18, 2008

A Ponte entre os Deuses

"Não me importa a ponte que liga-me ao real".
A mitologia povoa nossas vidas e se obedecermos aos pensamentos de Nietzsche, ficaremos doidos, livres dos nossos mitos.Quando nos tornaremos super homens? Confesso que tentei me limpar desses fantasiosos olhares e saberes dos antepassados e caí num vazio existencial pavoroso. Lendo Mia Couto, pude perceber quão necessário é cultivar as nossas histórias, guardar em nossa memória, os deuses dos mares e das florestas.
Agora estou purificado ouvindo os tambores da África. Salve Olurum, Oxalá, Yemanjá e Oxum. Salve Oxossi!

segunda-feira, março 17, 2008

À Beira-Mar

Quase não falo com poetas...
eles são doidos, neuróticos,
derramados.

Mas a alma é grande
para quem sabe amar
e cabe inteirinha
num sonho passado
à beira-mar.

Batucada

Batucar
mover o som.
batucar
na mesa
no bar
na lata
na caixa de fósforos.

Ao desandar a vida,
ser roqueiro e...
famoso,
batucar.

No camararim,
não receber
ninguém.
Retocar
a maquiagem,
rasgar toalhas...
Nu
fazer mágica,
transformá-las
em capas de nuvem.


Mover o som
a poeira
batucar no chão
um som
mover a vida
na energia sol.

Adoro

Adoro chuva.
quando estou a dormir
e a sonhar
na minha casa de vidro.

Adoro
inventar situações
para fugir do tédio.
Adoro
inventar amores,
mundos, mares,
nuvens em cores.

Adoro fantasiar a vida
entre cortinas e luz neon..

sábado, março 15, 2008

Retorno

Quando voltares,
verás flores na sala.

No quarto,
aromas de saudade.

O retorno,
celebra o amor
e a saudade
revivências de namorados.

quinta-feira, março 13, 2008

Achados e Perdidos.

Mergulho no tempo dos homens
e no tempo de Deus.
Me encontro,
Me disperso.
Entre os ponteiros do ser,
e do não-ser,
vivo a cor dos meus sonhos.
Sei que nos ciclos da vida,
se achar é quase sempre se perder.

quarta-feira, março 12, 2008

Rostos da Noite

Degustei um poema na mesa de um bar. Senti uma vontade danada de tomar tequila, nesse alto final de verão.Huuuuuuuum! Adoro esses poemas inspirados no universo dos bares. Lá, surgem canções, poemas, desabafos e gargalhadas diluídas no som da noite urbana.
Senti falta dos amigos... essa emoção no poema, escrita num guardanapo, olhares se cruzando, ao fundo, o som de MPB e Jazz.
Adoro o tilintar dos copos e talheres. As gargalhas roucas, loucas e poucas. O burburinho lá fora...
Indo à calçada, vemos um menino de rua a pedir "uns trocados" e velho bêbado a mendigar os restos da noite.

A Chegada

"As pessoas mais difíceis de serem amadas, são aquelas que mais precisam de amor".
Nesse mundo onde as pessoas são cada vez mais individualistas, essa frase pode provocar arrepios e reflexões.
- Meu Deus, que vergonha, quando corremos pela vida, para sermos o primeiro! - Deveríamos crer na ordem natural das coisas. Se temos a missão de transformar o mundo, chegaremos lá. Se mentalizarmos a fama e o dinheiro, para fazer o bem, chegaremos lá. O universo será o nosso aliado. Vamos crer e chegaremos lá.
Mas chegar à própria verdade e descobrir o próprio caminho, é chegar com segurança e não se perder nas voltas e reviravoltas que vida dá.

terça-feira, março 11, 2008

A CASA

Na casa dos sonhos, existia um lago azul.
Na sala,
fotografias de passados distantes.
Nos quintais, flores iluminadas.
No quarto,l
ivros de histórias medievais.
No ar, a saudade de vidas ordenadas.
Entre cortinas,
borboletas cantavam louvores à vida.
Segredos dos faraós, foram revelados.
As tribos dispersas,
dançavam em torno da fogueira,
para celebrar a volta da paz.
Na casa dos sonhos,
um anjo anunciou a liberdade.

segunda-feira, março 10, 2008

Uma Canção.

Na face
algumas
lágrimas
choradas
na solidão.

A saudade
passa
veste a alma.

A vida
é sonho
vai e vem
voa além.

Náuseas
ausências
na
contramão
do tempo.

Há um consolo:
Os salmos
os sons
as sílabas
as palavras.

A vida compõe
uma canção
nos lábios de Deus.

domingo, março 09, 2008

Cento e Um

... levo dessa vida as boas lembranças:
as viagens pelo Brasil,
os amigos conquistados,
alguns sonhos realizados.

-Meu Deus. Calma!
Espere-me um pouco mais.
Digo no meio do tempo:
-Quero o prêmio da maturidade e ver acesas,
as velas dos meus 101 anos de idade.

Minha Vida, Um Rio

Vivo a minha vida agora,
como um rio limpo.
Nas margens,
flores do campo,
nas árvores,
pássaros contemplam paisagens.

Minha alma,
pássaro divino,
ouve cantares de Deus.

Ouço o movimento das galáxias
dentro e fora de mim.

Nascem:
crianças e flores,
o rio passa
lavando-se no ritmo do renascimento das águas.

sábado, março 08, 2008

Dia da Mulher

A grandeza da mulher está na sensibilidade, na determinação e no sonho de construir um mundo cheio de amor e justiça.

sexta-feira, março 07, 2008

Habitação da Alma.

Eu habito a minha alma.
Lavo-me com água de chuva.
Para receber brilhos,
esfrego-me no pó dos cristais mais puros.

Quando as incertezas
diluem-se em taças de medo,
fecho todas as portas,
desço as cortinas...
passo a passo, lentamente
Entre folhas e flores,
choro nos quintais.

Habito a minha alma
para ouvir as verdades de Deus.

Sobre o medo

...Se não fosse o medo, não haveria arte. Escrevemos para não sermos anônimos e para não cairmos no vazio de nós mesmo.

quinta-feira, março 06, 2008

A alma profundamente consciente de si mesma, atrai olhares e isso nos causa uma sensação maravilhosa, porque vivemos a própria essência.

A Volta do Amor

Se voltasses para mim,
O mundo seria melhor.

Eu acordaria,
antes do olhar do sol.
Ao chegar a noite,
de olhos fechados,
Ouviria dentro da alma
os poemas inspirados
nos sons dos cimbalos
e cítaras.

Se voltasses para mim,
Naus de nuvem
nos levaria para outros mares,
veríamos outros céus.

Deus, tão manso e próximo,
dedilharia guitarras
para celebrar a volta do amor
numa casa sem canto e vazia.

Ah, se voltasses para mim!

quarta-feira, março 05, 2008

O Poder do Amor

... como ver estrelas e chegar aos céus,
se não for pelos caminhos do amor?

Quem ama, melhora o mundo,
vê cores em nuvens
e luz nas flores.

Quem ama, se entrega ao vento.
Mergulha no mar...
Vê nas tempestades
o poder e a força da natureza.

Êxtases Cecilianos

Os poemas de Cecília me extasiam.
Percebo luzes,
flores azuis
sobre caminhos de seda.
Minhas lágrimas unem-se aos mares,
formam novas ondas de belezas e dores.

Poema Para Viver Mais

Quando morrerei sem dizer tudo?
Tenho amores não confessados.
Tenho amores,
que não dei carinho.
Tenho amores guardados
no fundo das gavetas da alma.
Ó!
Preciso de mais vida para libertar as palavras

domingo, março 02, 2008

Os cegos

São tantos cegos nesse infortúnio!
Seguem o dia-a-dia,
parodiando poemas,
salmos e evangelhos.

São tantos cegos nesses infortúnio!
Não ouvem,
não vêem,
não cantam as canções vindas do mar.

Os poemas se encontram soltos
nas ondas,
nas palavras,
e no amor,
ausente no mundo.

Deus espera a volta da luz.

Abandono

Quando me abandonaste,
fiquei sem alma.
Perdida,
vaguei entre nuvens e estrelas.
Quando voltarás
para dar vida à minha alma?

sábado, março 01, 2008

O tempo

...Tudo passou
diante dos meus olhos.
Uma nuvem,
depois da chuva,
transformou-se
em flores e estrelas.

Total Luz

Por um momento, fui tudo.
Tive o universo nas mãos.
Por segundos, após o êxtase,
transformei-me em nada.
Tudo perdi.
Vivi longas noites sem estrelas.
Hoje, toda luz é eternidade na alma.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Pessoando

Nos destinos
traçados na história
das mil uma vidas,
Subi montanhas.

Meditei às margens do rio Ganges,
Fui monge fransciscano,
budista tibetano.

Fui muitos!
Vi universos,
fui tudo e nada.

Quando chegar o amanhã,
caminharei com saudades
da fauna e flora brasileiras.

Dormindo,
sou um Zé Ninguém,
mirando estrelas.

Para Cáh Morandi

Todas as doçuras,
bebemos
nos lábios de Cáh.
Todas as levezas,
sentimos e amamos
nos gestos e palavras
compostos em poemas
nas horas de Cáh.

Quando Chega o Amor

Quando chega o amor,
Nos derramos em pensamentos.
Brilhamos,
traçamos
estrelas.
Luas refletem lagos...
Ventos levam longe
sentimentos e palavras.
Ébrios,
loucos,
silenciosos...
desvairados,tornam-se poetas.

Quando chega o amor,
nenhuma filosofia é necessária.

Celebrações

Hoje celebro a vida.
A chuva, o sol,
as tardes iluminadas,
crianças cantando.

A vida passa...
a tristeza passa.
Tudo passa nessa vida,
só não passam
as verdade do amor.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

FoiPreciso

Foi preciso:
Explodir a palavra morta,
ouvir Camões
no silêncio da sala.

Foi preciso:
Mover o século
numa história bem contada.

Foi preciso:
O desgoverno,
a anarquia.
Relâmpagos,
trovões...
calmarias.

Tudo foi preciso:

Os descobrimentos,
o enjôo nas caravelas,
o futuro abafado
no vazio dos porões.

Foi preciso:
Seguir estrelas,
ver futuros
entre suor e lágrimas
misturadas ao mar.

Ó filhos de Portugal!
Voltai em procissões.
Recebei os sermões
na língua imperial.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Tenho tantas idades!
Dúvidas e certezas
colam-se às máscaras dos mitos cultuados em mil vidas passadas.
Rios e lagos lavam a minha alma
e sonho chegar ao céu.
Se as coisas tivessem explicações,
perderíamos o sabor da poesia.
Não explicamos o amor,
nem a saudade.
Os sentimentos acontecem...
Na vida,
Caminhamos sedentos
Entre nuvens e pedras.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

O maior sonho:
Soltar a alma.
Deixá-la voar,
conhecer mundos
e mistérios do ser.

Descobrir caminhos,
ganhar a liberdade
e revelar passo a passo
o sabor e essência dos sonhos.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Asas invisíveis levam longe a mágica do impossível.Publicado no meu livro "Claro Espírito", editado em 2005.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Não sou máquina

Não sou máquina.
Mãos frias tocam engenhos de aço.

Eu sou um poeta.
Sinto o amor chegar no coração do mendigo
e a força da palavra no olhar do bandido.

Eu ouço o mar
e conto estrelas.
Eu sei sentir o sol chegar na relva verde.

Não congelem meu sonho.
Não perturbem meu sono.

A vida continua... eu creio.

Eu quero um movimento.
Galáxias dentro/fora de mim.

Eu quero uma criança
nascendo
crescendo
renascendo ao ver a flor se abrindo
nas mãos de Deus.
Não sou máquina

A vida não pode parar agora.
Não sou máquina.
Mãos frias tocam engenhos motorizados.
Eu sou um poeta a caminhar sobre a relva,
Quero ouvir o mar.
Contando estrelas,
Quero ser o amor nos olhos dos mendigos.
Quero acalmar a revolta e o medo
na alma, suor dos bandidos.

A vida não pode parar agora.
Eu quero ser melhor e mais lindo
no olhar de Deus.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Horizontes

Nossa missão é buscar de horizontes. Crer na materialidade dos sonhos. Só realizamos nossas obras, porque no plano cósmico,as forças da naturezahaviam projetado.O quando? - A vida guarda segredos que são revelados durante a caminhada.