quinta-feira, junho 21, 2012




Desfazem-se as marcas
nas arcas do tempo.

Ventos novos chegaram.
Levaram o lodo colado
no bronze das estátuas,
guardiães do quartéis.

Não apagaram as estrelas,
da memória dos coronéis.

Nas ruas estavam os canhões.
Nas praças,as mãos abertas
pediam paz e pão.

Disparavam palavras de ira
dentro das casas fechadas
no mapa latino-americano.

Revoltas armadas...
cortinas de fumaça.

Nos ares,cacos de telha,
cavalos trotando nas pedras,
ferros retorcidos,
pneus em chamas.

II

Bocas nervosas,
sopram a coragem,
desfazem o medo.

{Muros e corpos foram ao chão}

III

Aprisionados,
sugam os pássaros,o orvalho.

Escrotos devoram as flores,
assassinam as árvores.









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