terça-feira, junho 17, 2008

Leminskianas

Tudo em mim
está à margem.
A política,
os homens,
promessas,
ideologias.

Naufragam:

amores,
flores,
florestas.

Em mim
escapa:
o capital
na palma
da minha mão.

Salvo em mim
a poesia.
Nau de nuvem
iluminada.

Um comentário:

Cris de Souza disse...

Enrabicha palavras com mestria, entorna sugestões por entre as linhas.
Obrigada !