quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Confetes


Vago no tempo,
espero flores e abraços.

Fecho portas e janelas,
Abro gavetas
onde guardo as cartas
de amores embriagados.

Leio, releio.
Choro tanto!

Vou ao espelho,
seco meus olhos,
murmuro palavras
cortando as sílabas.

Gargalho, danço,
ouço tambores.
Deuses meninos
cantam alegrias
e dores da África.


Meus lábios sopram
poemas nos muros,
e no vazio da sala.

No corpo deitado,
suores,saudades,
confetes mofados.

Um comentário:

Jacy Rocha e Laura Martinho disse...

Amigo,
Seus poemas são lindos!
Delicados como o sopro da brisa, mesmo quando as palavras descrevem vendavais.
Um forte abraço,
Jacy